LEOA
Enquanto escrevo
Me desmaterializo na noite
As coisas que vivi revejo
E há lembranças que são como o açoite
Fazendo em minha alma uma eterna cicatriz
Na palavra eu crio uma matriz
Que renova meu axé, que firma os meus pés
Enquanto escrevo nenhuma sentença eu aceito
De alvo passo a atirador
Metralhando concepções que me desconhecem como flor
Meu jardim não será o jardim dos fundos
Meu jardim quer ser colorido, jamais um jardim de
neve.
Enquanto escrevo as flores colho
Algo em mim se ergue e a força surge,
Minha leoa ruge.
Juliana Costa
09/03/15
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