PALAVROLÉ




Eu quero ir ...quero voltar
Dançar e Cantar
Não irei roubar teu carro
Por seu pensamento eu sinto escarro
Não sou bandido
A minha pele não é do vendido
E do homem que mesmo cindido ainda oferece seu ombro amigo
Não venha de julgamentos comigo


Eu sou do Rolé
Minha roupa não te agrada,não querem que eu esteja de pé?
Eu sou do Role
Escrevo nas ruas toda a minha fé

Dizem que sou baderneiro
 Enquanto eu reconheço em mim jovem Negro cavalheiro
Dizem que sou baderneiro
 Minha pele eles querem comprar com seu dinheiro

Dizem que sou inculto
Querem fazer de mim apenas um vulto
Sou  a palavra que quebrará este silêncio Túmulo neste falso tumulto
 A minha paz é Negra,eu a escuto.

Eu vou andar por onde não me querem
 Ir e dançar e sorrir  até que todo os preconceitos se quebrem
 Eu não quero um jardim do Éden
 Onde Anjos Negros não andem ou cantem


Eu quero um jardim de cores
De cores que se harmonizem e não de sentimentos vapores
Eu da palavra todos os sabores
E que quero da Literatura todos os olhares
Seja o olhar negro,seja branco ou seja os dois
Que o respeito de minha diversidade não seja temática para Depois.
                              
Juliana Costa
 23/01/2014


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