NEGRO SIM.


                                                                      Ao NEAB Viçosa
Fico a pensar
Porque a sociedade insiste em acreditar
Na pele negra cheia de ausências
Porém se enganam, pretíssimas são nossas essências
E não estamos em tempos de concordância ou cegas obediências
Queremos ser negros até que ser deixe de ser pecado
E que nenhum de nós de nenhuma forma seja escravizado
Poesia é coisa de rico
Mas mesmo assim eu arrisco
É coisa de branco
Mas eu escrevo e não me espanto
Pois minhas letras são negras
Lirismo e militância são minhas regras
A poesia é o meu poder pensar.
Discursivamente minha espada eu irei levantar
Até que não precise mais lutar
Negro não quer ser hegemonia
Romper com as coloniais mordomias
se faz forte propósito, queremos andar
com lápis na mão a cantar:
Sou negro sim
E nada irá me diminui .
                 
                                                       Juliana Costa 12/11/2015

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