Enquanto milito dentro da Universidade
O negro da Favela vive um
escroto apartheid
Rostos nos muros
Na alma fortes murros
Do poder fardado
Mãos na cabeça
Corpo quebrado
Não há sentimento de
mãe que impeça
A polícia corrupta e seus autos de resistência
Servindo a elite em sua falsa decência
Escrevendo o Boletim de Ocorrência com sentidos alterados
Menino brincando é suspeito
Decidem-se nos dados:
Se é bala no rosto
ou no peito.
Outro é o mar
Que separa os negros de seus irmãos
Que faz com que esqueçamos o porquê do nosso lutar
E omissos nos tornamos os outros dos outros
Sendo que o opressor sabe ser dos seus um bom irmão
Ensinando a arte de oprimir sem receber nenhuma reação.
Juliana Costa 09/12/15
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