Na favela o menino dorme
Alimentado, pois ele não conheceu a fome
Pois os pais trabalham demais para garantir a creche e o uniforme
E no silêncio e na escuridão
Não se tem medo de bicho papão
E o menino dorme
Nas ruas balas brincando de pique- esconde
Polícia é quem conta
E aflição sem saber da onde
Lágrimas, o menino não acorda.
Lágrimas, o menino não é lázaro
Lágrimas, a mãe não é Maria
indiferente e fardada é tirania
A bala o sonho perfurou
E não tem como evitar a dor
Pois,a bala foi certeira
Menino que ainda não sabia contar
Foi obrigado a entrar na brincadeira
E jamais irá acordar.
Juliana Costa 12/12/2015
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