A universidade é vista como a mente social
Reduto de sinhôres e de sinhás
Mantidos pelo dinheiro colorido
Desta nação que é mais preta do que branca
O que vemos é dolorido,
Pois opressor, aqui, tem entrada franca
No quadro negro da sala
A hierarquia os egos exala
Sinhá não respeita preto
Não ensina
só discrimina
No quadro negro da sala
O Sinhó a bunda da negra observa
Queria que ela fosse sua serva
Mas Isabel aboliu a escravatura
Entretanto ainda existe a branca safadeza e falcatrua
Sinhôres que são doutores
Homens de classe
Não sabe compreender da boca
negra uma frase
Porém eu repito: - Racistas não passarão.
Sei que fingirão
E ainda afirmarão que esta poesia é de baderneiro
Gente que não trabalha, estudante maconheiro.
Mesmo assim os seus rótulos ao povo
negro nada representa
Cale a boca, senta.
Sinhás que são doutoras
Tituladas opressoras
Não reconhece na negra uma mulher
conhecedora
E por isto que as negam
E até o pensar delas segregam
Emitem ordens
Não como mestres, mas sim como patroas
Querem que nos curve
Para suas futilidades e dissabores
Só sabem tratar bem os seus, os opressores.
A universidade que favorece “bacana”
Dominada pela aristocracia que é com o subalterno é sacana
Ainda não se acostumaram com a ideia
De preto ou outra qualquer minoria
Querer estar em todos os lugares
Sem ter que com força cheirar os muros das cidades
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