NEGRAS PRESENÇAS



Não sei se eu nasci para a luta
Mas depois de levar tantos socos sociais
Aprendi as palavras como artes marciais
E aquele medo de nascença parou de me acompanhar


O ventre oprimido que me protegia
Sabia que eu era um grande enigma
Por mim sonhava e temia
Não desejava a mim nenhum estigma


Mãe preta quer seus filhos
Toda a existência em seu ventre protegidos
Pois a sociedade os oferece a desgraça
Pois NEGRO socialmente   é dito como a “pior raça”


Balas para criança negra ainda não é guloseima
É a injustiça   cheia de brancas sentenças
Legitimadas pelos históricos sistemas
Que diariamente buscam abortar as negras presenças


                                                                               Juliana Costa 12/01/2015 

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