O NOVO CATIVO
Ter palavras é ter
poder
E o poder não é para todos
Enquanto doutores disseminam suas ideias
Os pensamentos dos outros dos Outros escorrem pelas vielas
O negro brigando entre si
Para ver quem fica mais branco
Enquanto o branco de direito não está nem aí
Se bem pago, não tem problema
Fingi militar mas é a favor do sistema
Lucra através de
sutis esquemas
O pior tiro é dado pela mão negra
Não se sabe ao certo quem é opressor
Mas sabemos que muitos fizeram nível superior
E por ser doutor
Suas palavras pesam mais
E o grito periférico
É abafado e omitido
Assistem nossa desgraça andando de teleférico
A podridão é branca
Mas o corpo é negro
A mão que me afaga é a mesma que me espanca.
Na busca do ativismo íntegro
Encontra-se uma sociedade de perdidos
Aplausos, estes são os novos cativos
Juliana Costa 04/01/2016
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