SEMPRE NA RODA

À Daiane Basílio, junto na roda.

A vida é incerteza 
A sociedade com sua destreza
Ensina que mulher que pensa não serve para ser realeza
Da solidão é grande presa.
Só sei que não quero herdar nenhuma mediocridade
Sou negra e isto é mais que uma identidade
Sou negra com temperamento mais negro ainda
A opinião alheia não me finda
Não me legitima
Mãos brancas a minha felicidade não assina.
Borbulham ideias incertas em minha mente
Inconformidades e simbiose serena
A vida é uma arena
E eu vou para roda
Pra dançar?
Pra lutar?
Pra sambar?
Para ser.

Juliana Costa 
Juiz de Fora 30/04/2016

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