SEM COMOVER



Não quero mais me comover,
pois comovido somos convencidos.
A afetividade que nos cativa
é mesma que nos intimida
a ver as coisas muito além do que sentimos.
Pois diante da dor que pressentimos ou nos iludimos?
Lembremos que quando algo dói
Lágrimas - ácidos que corrói
A dor parece uma eternidade
Um instante em nosso próprio inferno
somos o nosso próprio subalterno
Não quero mais me comover
Pois eu tenho a necessidade é mesmo ver
Mesmo com as vistas embasadas
De tanto enfrentar nos olhos vidas- enxurradas
Desisto de me comover
Se o problema não é ver
É como ver.










Juliana Costa 17/06/2016

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