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Mostrando postagens de julho, 2016

EU E A NOTÍCIA DE JORNAL

Ouvir o riso ecoando da infância Misturando com os sons dos jornais que diziam: “ Envolvimento com ...” “ Jovens mortos...” É tanta desgraça justificada e a humanidade anestesiada “ Um abraço negro Um sorriso negro Traz felicidade? " Um crime ... e um abraço Eu aqui sentada lendo um livro Que teoriza a pele Omite o sangue Formando uma massa de intelectuais esterilizados. Juliana Costa 30/07/2016 JF

DEIXAR EU FALAR

Deixa eu falar, meu falar ainda planta verbos em jardins que nem conheço. Permite que diariamente eu me amanheço no ventre da esperança. Por favor, deixe-me falar... Meu falar já tem sua própria dor Não me venha causar-me outra Não me engane Deixe-me enganar Quando finjo em suas ideias acreditar Enquanto sorrisos brancos dissimulam diante de mim Eu vou dialogando com o meu ori Dizem que minha luta é uma afronta  Pensam que em minhas costas devem pisar Deixe-me falar Que nem tudo eu nasci para aceitar Aceito a natureza com que os ventos sobram Que o frio abraça Que o calor afasta Aceito o medo que vem Mas não o medo que se provoca Nem a frieza das respostas Dadas ao que indago Enquanto querem arrancar meu chão Caminho sorrindo no vento Não temo Não sou especialista em nada Mas aos que são Eu peço, deixe-me falar Esqueci como é me curvar Renuncio Este racismo em forma de cinismo  Enquanto surgem de má fé Dizendo que é assim que é: Branco fingindo ser negro Negro pensando que é branc

LETRAS

Minhas letras não conseguem escrever no quadro branco das salas universitárias, este é meu espanto. Meu cabelo quebra as regras minha estética permite subentendidos? não compreendo os civis egos fardados; meu pensar não pode ser controlado nem amordaçado, excluído do culto branco mundo das ideias Minhas palavras estão em meus olhos e a menina dos meus já cresceu com multidão de mulheres engrandeceu. Todas com cabeça erguidas não imita, nem revida apenas modifica o conformismo em altas doses que empurram nas gargantas, mas nem para todos isto adianta. Juliana Costa   06/07/2016  JF

IDEIAS-SENHORAS

A palavra é afiada pra quem aprendeu com a vida que é necessário lutar em todo o lugar. Aquele olhar de que sua presença incomoda não pelo que fazemos mas pelo que somos. somos cores e valores? " Somos o que somos" independente de qualquer opinião só não estamos dispostos a opressão, pois nosso curvar não terão. O passado está presente com roupas novas e grande sorriso. As ideias- senhoras minha mente questiona não aceita enfrenta, faz desmoronar.

ENTRE O ROSNAR E O AMAR

É necessário mostrar os dentes tornando ambíguo o sorriso: é um " rosnar" ou é amar? Não se preocupe por isto O meu sorriso rosna amando e ama rosnando mas não deixa de ser um sorriso. É necessário rosnar mas é necessário amar mas não é necessário o dissimular é preciso verdadeiramente dialogar Todo curvar tem sua dor Curvemos mas não nos convencemos pois nenhuma imposta ideia pode nos provocar social amnésia E as estástiticas pretas lado a lado das oportunidades brancas Temos um problema moral ou um problema de cor? Calma aí doutor! Eu não vivi quase quatrocentos anos Mas simbolicamente minha pele testemunha e o meu nome anuncia toda a histórica violência sofrida e até hoje socialmente nutrida. Mulheres indígenas ou negras é necessário mostrar os nossos dentes? É necessário rosnar é necessário amar Eu vivo aqui rosnando do meu jeito e amando