A SOBERANIA DA ROSA


                 À Juliana Rosa, irmã amada.


Não deixe que o sistema lhe derrube. 
Não desista, o mundo também é um direito seu. 
Não machuque os pulsos pelas tantas lutas que temos que travar 
Não envenenem-se, cada angustia tem um gosto amargo na alma. 
Não deixe o coração ser envolto por uma amálgama
 Nem deixe ir embora o seu Ori 
Não chore a não ser para criar tsunamis em condomínios fechados 
Não grite a não ser para estourar os tímpanos de quem intimida a nossa voz. 
Encho-lhes de “nãos” 
Pois quero ver viva em seus olhos aquela menina preta que ciranda no meio a chuva 
Quero ouvir de longe o seu sorriso arteiro e despreocupado 
Quero lhe a princesa que eu sei que é 
Cantando para o mundo quem é você 
Gritando para o mundo o que não é
 Sussurrando baixinho os versos que só você entende.
 Nem toda princesa 
Nasceu em castelos 
Eu vi uma no morro
com coroa na cabeça 
Potência na voz 
Rotina exausta 
Tristezas que a rodeando 
Mas no fim o que prevalece é a soberania da Rosa .

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