DESENTERRADO VIVO

Tantas coisas nos soterram
ainda vivos
Mas mulher, crave suas  unhas no chão
mesmo que você esteja abaixo dele
e comece a fazer brotar da terra
a mais bela semente
que um dia quiseram
que não fosse germinada

Embora nos reguem com dor
nossa raiz ainda é fecundada na esperança
Apesar de ser histórica a violência
Temos como herança
o resistir
Mesmo engatinhando quando feridos
Engatilhamos tudo que nos fortalece:
E boom,
cai por terra
tudo aquilo que buscaram nos enfiar goela abaixo.
Ainda se faz necessário
sermos desenterrados vivos.


Juliana Costa 08/01/2017 JF/MG


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