POESIA- GUERRILHA

 À confraria de poetas Ágora de JF

A poesia
milita
os sentimentos que o mundo provoca
A minha poesia invoca a voz
que faz tremer o algoz
que faz com que não se esqueçam
De que o mundo é feito de seres
E não de coisas

A minha poesia intimida
Sorrindo
Quem não se acostumou com a minha voz
Não sabe entender todos estes silêncios
que transforma em deserto
a nascente dos meus olhos
e que faz de suas certezas
barcos de papéis
nas correntezas das ruas
em dia de chuva

A minha poesia desce diariamente o morro
O centro me aplaude
O centro não entende
Que faço guerrilha e forma de poesia

Deixa eu lhe contar
saiba que não sou seu fetiche
Na minha mente
Sou eu que reina
Faço poesia
por que recuso tirania ou hipocrisia
Eu lhe chamo para guerra
Dois passos para trás
se sua palavra for capataz
Eu a mato na unha
pois sou pantera e sou fúria

Juliana Costa JF/MG 13/Maio/2017 

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