IMAGENS RASGADAS
O meu pisar no chão
Provoca terremotos
em escala máxima em suas
estruturas.
Meu olhar sempre em riste
não acredita facilmente
em palavras...
Se somos cheios de
enigmas
e não pensem que desvendaram todos os meus.
Escrevo e a reajo
à todo sentido imposto.
Quebro os tijolos antes
que se ergam mais muros
que lhes escondem das
coisas que fazem.
Chorar por Portugal ou por Paris
Não lhe faz um humano de
primeiro mundo,
Quem sabe mais um em sentimento fajuto?
Não adianta fingirem que
não escutam.
Seus tímpanos embora mais
brancos que o comum
não são fortalezas
seguras nem mesmo quando eu sussurro.
Se ensinam... como
ensinam?
Eu quero professores e
não sinhôres
Não façam da sala de aula
uma cordial trincheira
onde o pensamento é uma
planta sempre seca.
Quando piso o chão
nada dos meus olhos se
escondem,
aguçadas ficam minhas
percepções.
No meu peito até ferve
emoções
E até compreendo por que
de mim saem palavras – tufões...
Meu olhar sempre em riste
rasga o que ver.
Juliana Costa 26/06/2017
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