PRECE COLONIZADA

Oxalá,
Sinto quebrar em minhas mãos 
 as armas que me ofereceu
para esta luta que não tem trégua
até mesmo se eu sentar à mesa com os opressores.

Sinto um rio barrento tocar a minha alma,
enquanto os barquinhos brancos de brancura intocável
navegam  harmoniosos
Eu me perco neste barro,
o mesmo de Adão e Eva.

Oxalá,
Colonizado foi até o meu modo de fazer prece,
minha língua sempre indigente
 busca no meio dos barulhos das ideias
o mais profundo que eu possa ser.
Algo dentro de mim me traga.
Meus pés firmes
catam
palavras
na areia .

Juliana Costa 18/06/2017 


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