" CALADA!" DESCULPE, MAS NÃO!


"Calada!"
Desculpe, eu não consigo
dizer é uma necessidade,
meu respirar por entre estes braços que me sufocam
diariamente.

" Calada!"
Desculpe, mas quem dera se  o silêncio
fosse a mais decente das cartas de alforrias
Quem dera se o meu silêncio
pacificasse as ideias.

"Calada! Não irei repetir"
Com licença, ainda preciso dizer
Não erga o seu falo branco mulher
Não venha com jogos de dizer ,
pois eu bem sem fingir também.
Terão que me tolerar
Nas ruas,
nas universidades
e em todos os lugares,
quem sabe até em seus altares?

" CALADA!'
Desculpe, mas não.
tire estes dedos da minha garganta,
já cortei as cordas
 que já me fizeram um dia seu amigo-fantoche


" Calada! Que insolência!"
Meu silêncio é um alívio
desculpe se minhas palavras
são tipo um mosquito
o qual  pensa que lhe transmite a malária.
Seus calafrios
são os reflexos dos tremores
dos muros caindo.

Juliana Costa  JF/MG 06/07/2017


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