INOMINÁVEL
Aos amigos Ana Lívia Coimbra e Dinho Faber.
Vivemos em sociedade,
mas nada sabemos uns dos outros...
Decifra quem está próximo
com o cuidado de quem manuseia um caixinha sensível
esculpida por um
artista anônimo.
Ouça,
Talvez ouvindo você compreenda
do que é feito as pessoas.
Saberá que é principalmente de palavras
as que foram ditas e aquelas que se quer foram pronunciadas.
Compreenderá que é preciso honrar a humanidade estranha e
única
que há em cada um de nós.
Sentirá uma vontade imensa de abraçar
e ficar por horas sentindo
aquela linguagem única
transmitida pelos braços,
traduzida no peito,
registrada na cabeça.
Ao ouvir eu sinto o cheiro da vó que não é minha,
ou transito lugares que nunca fui
e adquiro os anos que não tenho.
Ouvindo somos iguais em nossas diferenças
e o afeto se torna inominável.
Juliana Costa 25/08/2017 JF/MG
Destas tardes inesperadas, quando palavras faladas viram poema! E é por essas e outras que a vida vai se enchendo de (re)significados! Gratidão pela dedicatória!
ResponderExcluir