BEIJE A ESCURIDÃO
Irá se arrepender de tirar o meu sossego.
Do invisível eu sei muitas coisas
e de lá eu lhe contemplo maravilhada...
pois o seu gênero treme diante do meu
nestas relações diárias
em que me chama para a luta
mas não se esquece de me enclausurar em alguma subalternidade.
Pode até crer que o meu sexo foi forjado nas sombras
Seus medos esta fina escuridão não consegue entender.
Pode até se convencer que carrega a luz entre as pernas,
que rosada é toda forma de libertação.
Ah, não se esqueça
No meu quilombo você não pisa,
Não por ser rosada, mas por ser medíocre.
Em outros quilombos até pode conseguir entrar,
convencê-los de lhe servir chá ...
mas aprenda que pertencer não é aprisionar
Embora eu entenda bem que saiba cativar
enquanto esconde atrás do sorriso
um ódio típico de sinhás.
Sei que o rosado ama beijar,
mas sente nojo só de pensar
de a escuridão um dia beijar.
Juliana Costa 02/08/2017
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