QUEM ENXUGA AS NOSSAS LÁGRIMAS?
Dedicado a Fran Nascimento
Quando brotam
nossas lágrimas
secam sozinhas...
Simulam na pele
a turbulência
angustiante do mar do século XVI.
Líquido que por
nosso corpo é absorvido,
enquanto o
racismo segue absolvido
de todos os seus
crimes históricos.
Opressor sem
rosto não chora.
Erguemos o
punho,
Com antebraço secamos o suor,
Secamos as
lágrimas,
a prova da dor,
a inteligível e indizível
indesejada dos brancos...
O sono se torna
prisioneiro eterno da insônia
Pensamentos em
pele, nada de flor.
Sim, há o desejo
a busca
de um ombro
sem cor para
conter o incontido
por trás das
lágrimas.
Sempre tem o
vento
Que sopra com
força a minha face,
Animando-me para
a vida...
mesmo que ela venha
vestida de luta
Varre minha face
Como quem espera
visitas
Um sorriso
talvez.
Juliana Costa 19/11/2017 JF/MG
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