COISAS QUE MATAM



Eu morro todos os dias
No silêncio que me exigem.
Eu sinto a corda no pescoço
Quanto o meu dizer é estigmatizado
“violenta”
“agressiva”
Por que não uso metáforas de borboletinhas,
Flores ou pedras no meio do caminho.

Não sei praticar o ritual cotidiano
Sorrisos
Cortesias
Enquanto a dor da alma faz com que  muitos supliquem anestesia.

Eu morro
Por que sou do morro?
Meus pés tingidos de morro
Desfilam os corredores da Universidade.
O seu incômodo
é lâmina fina
que sutilmente me mata...
morro golpeada?
Não, vivo.


Juliana Costa JF/MG 18/01/2018





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