PEITO ABERTO



             Dedico a K.G. B este poema com fatos históricos

Não me peça o peito aberto
Para suas calibradas ideologias
Que me exigem o último suspiro
e provoca-me convulsões de silêncio.

Não me oculto da claridade
Sempre me predispus a dá abraços
em quem me acha “gente boa” apenas se eu estiver no laço.
Submissão
Subalternização
Aceitação
Estas palavras você rega todas as manhãs?
Eu não.
Saio raspando da mente
Toda a verdade universal
Pintadas nos muros sociais com tinta branca.

Meu peito é caverna sem abracadabra
Não é túmulo da minha humanidade
É a lareira que me esquenta diante das suas frias incompreensões
O meu peito constantemente se fecha para manutenção
E quando se abre ...
Recusa qualquer invasão
E se o colonizador chama na porta...
Não sobra nem poesia.

Juliana Costa 21/01/2018

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Imagem de Scott Rohlfs art

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