PRETA NO CLARO OU NO ESCURO



Meu “feminismo” nem feminismo se chama
Guarde para si a “sororidade”
E vem me mostrar na prática o que é irmandade.
Sem sinharismos ou afroconveniências.
A pele pode ser preta, mas eu estou de olho é na mente.


Fiquem de olho
O que adianta a negritude diante dos holofotes
e branquices nos bastidores?
Como respeitar o ativismo cuja plateia é branca?
Como entender o discurso
“uma sobe e levanta a outra”
Se na prática é a rasteira?

Meu ativismo é preto no escuro
É preto no claro.
Não me calo.
O discurso é poder
Por isto me preferem calada?
Não me realizo nas bolhas das elites
mesmo que sejam negras
Nem estou à serviço.

Meu diploma
Não me tampa os olhos...
A minha luta não é seletiva
Apesar do incômodo
É reflexiva.

Juliana Costa 20/05/2018 



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