Eu sou a fórmula não usada e o poema cujo sentido não compreende. Sou a molécula do corpo que não considera, mas o mata. Sou o elemento que não se usa na regra de três, Aquela cartase dolorida que nos seus livros de teoria Classifica como violenta. Eu sou enunciação cujo signo é preto Sou o discurso que você dissimula, não interpreta. Sua semântica não me explica ... silencia. Não ouse me colocar em suas entrelinhas Sinto prazer no tremular das certezas Sobre minha pele preta. Minha mente é um quilombo E uma aldeia que não se come brancos. Juliana Sankofa 27/09/2018