Acham que eu não sinto medo, apenas porque eu sei o que é gestos trêmulos ou por ter me acostumado com a violência de tudo que nenhuma ameaça me parece incomum, Dizem que jamais chorei meus olhos firmes encontram o seu deserto não evidenciam o meu. Afirmam que eu não sei manifestar afeto... sentimentos de todas as ordens germina diariamente no meu corpo Porém selecionam aqueles que os assustam e elevam como exemplo máximo do meu ser Não transformo pétalas em navalhas simplesmente armo-me do inesperado e vou sorrindo para o cotidiano campo de batalha o qual eu não me curvo nem para beber água. Não é novidade é pelo medo que se colonializa... Eu pus fogo no medo sorrir, enquanto os privilégios tremiam. Por isso dizem que eu sou a nêga que brinca com fogo! Juliana Sankofa Viçosa-MG 20/06/2019