A ODISSEIA DA FLOR



                                            Homenagem a Silvia Priore, uma flor de teimosias.


Basta um instante
Para brindarmos as lembranças,
Fotografias da mente
Repletas de sons.
Os risos ou as lágrimas  da memória
iluminam a face do presente.

Do quartinho minúsculo
a amplidão do mundo,
os desafios foram dores esquecidas.
Pessoas se foram, outras chegaram.
Amores? Quem sabe...

A mineiridade da paulista
Jeitinho “come quieto”
de quem sabe que a vida é mesmo um trem
cheio de vagões-pensamentos.

Viveu-se o incontável
também o inarrável, a flor e sua odisseia.
Das lutas,  uma mulher que atira pelo sorriso.
Tramas não percebidas,
Coragem estranha viva nos olhos
assim se foram os anos...
Agora, um dos amores da poeta:
Admiradora das suas histórias
e contundente quando briga.
Aliás, quantas brigas?
Quantas lágrimas?
Não importa.
Na face rosa
Meus lábios verdes marcam o enigma do coexistir

Poetamente
escrevo uma existência maior que a minha,
porém, ao ouvir um passado que não é meu,
repenso o HOJE
vivendo a certeza da importância de escutar outras narrativas
Embora a minha seja preta,
É no eclipse que a gente se entende.
Não há democracia racial, mas há amor.


Juliana Sankofa 







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