Pular para o conteúdo principal

AMOR 0RIGINAL

Dedicado a Sylvia Franceschini, amor 1.









Não foi amor a primeira vista

Mas, agora, cada momento que eu a olho, o amor se manifesta único. 

Não é um amor que precisa de parentescos

E sim aquele que as pessoas se conectam pelo sorriso. 

Quando brigo com você

Sinto uma dor indescritível

Como se alma fosse arrancada junto com o coração 

Sempre pergunto o porquê ser fácil lhe chamar de amor, 

Meu amor Um

um sentimento único...

Talvez amar seja essa coisa esquisita

De querer abraçar quando está por perto 

Marcar a face com o peso sincero de um beijo

Será que é algo de outras vidas? 

pois o pouco que lhe conheço 

Eu a sinto tão familiar

Meu amor lhe adotou 

Enegresceu os seus olhos 

Deixou os pensamentos mais doloridos

Eclipsou no afeto mútuo. 

Cada instante de sua existência 

alegra-me. 

Seu olhar é o meu ponto fraco 

Nele me perco, enquanto lhe acho

Quando sorrir

sorrio automaticamente

Quando me abraça 

esqueço o mundo 

E posso existir sem medo 

na eternidade que é o seu abraço.



                                                                                    Juliana Sankofa 
                                                                                    26/03/2020 
                                                                                  Viçosa- MG








Obs: Não há afeto, quando existe o racismo. (05/04/2020). 

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

AUTOSSABOTAGEM

É abafar o grito e forçar  um sorriso receptivo enquanto professa que somos todos iguais. É amarrar os próprios sonhos em uma âncora e lançá-los em profundo buraco. É ser visionário da desgraça Prever apenas os escombros do futuro e a dor É rasgar os próprios poemas, quebrar todos os lápis, queimar todas as folhas e explodir a caixa de energia de casa. Autossabotar É construir uma armadilha que captura apenas o interior É ter as próprias digitais no pescoço e ser a testemunha de acusação e o reú. É chorar e dizer que as lágrimas salgadas Não fazem arder as feridas É tropeçar no cadarço do sapato que não quis amarrar É entrar no rio sem saber nadar Ou se afogar mesmo sabendo. Sabotar é puxar o fio vermelho das ideias do inimigo. É escrever um poema Que mata, mas que não lhe suicida. Juliana Sankofa 12/07/2018

NOVA VIÇOSA

A memória caminha sorrindo, ferindo os pés nos paralelepípedos afiados das ruas... tropeça em galinhas, observa as rodas dos homens que não fixam os olhos em seu rebolar. Esquecidas as feridas das pedras, a poeira das ruas de terra não desgruda de toda a memória. Os risos brincam de pique-esconde com as dores Cães e gatos caminham paralelamente na mesma rota. Se o sol não brilhar no céu, brilha intensamente nos olhos De quem ver beleza até no dia cinzento de domingo. A memória percorre o bairro Proseia com a esperança Carrega no colo a alegria Descansa sentada na calçada Escuta o canto da rosa, Sente o cheiro-gosto do café ... continua a caminhar. Passos de quem não sabe para onde vai ... mas se move sem pressa, dançante... colhe as histórias. Enquanto isto ... A senhora mais velha do bairro Nunca compreendeu o porquê da memória nunca envelhecer, Ofereceu-lhe um copo de àgua Olhou os pés sujos e machucados e nos lábios o lindo sorriso faz contraponto. Pergunta-lhe o nome: Memória de
A Maré não está para peixe Nem pra preto O anzol é o Estado A bala também. Que passado é este  que não deixa de ser passado para nós?