AQUILOMBAR
Aquilombar
não é se esconder
é enfrentar juntos a cara pálida do poder
Também é dançar para afastar a dor
e honrar quem já se foi
É forjar laços mais fortes que aço
incorruptíveis
pelos egoísmos ocidentais
É escuta
É falas
armas que se usam sem misericórdias
Aquilombar é despir de tudo que nos finda
Recusar nutrir a inveja branca,
é amparar o grito no mesmo instante que ele é dado
Segurar as mãos até que a dor passe e o sorriso raie.
É dialogar principalmente entre nós, para nós e sobre nós.
Desfazer-nos dos nós que atam as esperanças.
Aquilombar é erguer o punho,
mas também abaixá-lo
no abraço-Forte.
Juliana Sankofa
* Escrito em 22/02/2021
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