Dedico a Simone Maria de Moraes, um dos amores de minha vida. 


Não importa quantos anos vivamos,

Somos os únicos habitantes do nosso mundo-corpo

Abra as frestas para o sentir, 

para revolta

e para o encontro de mundos,

sem que seja um apocalipse. 


Não permita que as rachaduras na parede de sua infância,

Sejam as de sua alma

Lembre-se que o amor

é nossa política mais recente de autorreparação 

Pretinha, seus tons de luas 

Às vezes, aumentam minhas marés

Sem fé no ontem,

no hoje

e no depois,

eu vivo navegando-me 

em prol de me encontrar 

em uma ilha sem Sexta-feira. 


Chore

Chore

Não construa arca nenhuma, 

chore

deixe afundar o que é preciso.

Na madrugada, 

eu lhe pressinto 

de cá, do meu mundo imergido

de tantas questões e muitos dizeres.


Quebre as âncoras dos olhos,

eu lhe vejo


Juliana Sankofa


Imagem: https://pin.it/3jF07c7 (pintereste)

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