É preciso acariciar os pés
de quem anda ao seu lado.
A vida deixa sentimentos calejados
quando não há reciprocidade.
Uma caminhada sozinha
e cheia de vozes,
sem toques,
parece miragem
em deserto onde a lágrima
ora é um oásis.
Sede estranha,
fome mais estranha ainda.
Meus grãos de areia
esbarram nos dos outros
e assim se movimenta o tempo,
peito-ampulheta.
Eu aqui, escorada na caneta,
pensando se minhas palavras fazem sentido.
Pergunto-me:
Por que me sinto sozinha
enquanto olho nos pés tantas feridas.
Juliana Sankofa
A vida deixa sentimentos calejados
quando não há reciprocidade.
Uma caminhada sozinha
e cheia de vozes,
sem toques,
parece miragem
em deserto onde a lágrima
ora é um oásis.
Sede estranha,
fome mais estranha ainda.
Meus grãos de areia
esbarram nos dos outros
e assim se movimenta o tempo,
peito-ampulheta.
Eu aqui, escorada na caneta,
pensando se minhas palavras fazem sentido.
Pergunto-me:
Por que me sinto sozinha
enquanto olho nos pés tantas feridas.
Juliana Sankofa
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