Desseco a língua que eu falo. Parasitária em meu corpo desde os meus primeiros verbos. Aqui, foi tecnologia de guerra, imposta como oficial repleta de sentidos que não me humanizam: "Vamos deixar claro que a coisa está preta"; " Não vou negar o que eu fiz". Desseco com raiva, sem entender porque essa língua não sangra. Meu corpo-rebeldia dislexia a realidade. A minha língua materna nunca foi mãe nem gentil só pátria pária. Juliana Sankofa
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