Eu não aboli
os brancos
que fingem não ver
claramente
o que tem ocorrido em sua volta.
Não posso
e não me importo
se em seu corpo
eu enxergue a diferença
que nos une
se quando me olhar,
não me ver
nem igual,
nem humana.
Ah, eu também não aboli os negros,
Nem os claros, nem os escuros,
por se esquecerem da grande árvore
que nos une
quando
de forma clara
me objetificam
Eu não me aboli
dos medos que sinto ao vozear,
daqueles que eu amo
e que eu posso afastar
das mulheres que eu amei
e me forcei a relevar
a herança escravocrata comportamental
camuflada em suas peles
enquanto eu gemia de prazer.
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