Onde estão?

Ora estão escondidas entre minhas cicatrizes,

invisíveis ao olho nu. Ora estão amarradas em meu corpo, prontas a explodir devido às minhas crenças. Ora as mastigo e cuspo ao chão, enquanto contemplo a lonjura das coisas. Onde estão quando eu estou no mundo branco das Letras? Cativas em algum lugar, esperando que me digam como usá-las... na ilusão de que isso seja possível. Onde estão? Na jugular de qual cidadão? Em qual sistema? No quadro negro de qual professor? Lâmina contaminando as entrelinhas e que chamam de arma branca quando está nas minhas mãos. Juliana Sankofa
10/08/2025
João Monlevade–MG





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