Um corpo branco
inocente
quando sangra,
quando morre,
exige pena coletiva:
nossa morte.
Um corpo negro
inocente
quando sangra,
quando morre...
quantos tiros?
Nenhuma pena,
nenhuma culpa,
apenas um “caso isolado”
no cotidiano da Vida.
Ora, não sei o que prefiro:
se imaginem sangue
em minhas mãos
ou uma arma...
Mas não importa:
tudo inventam,
como se os olhos
estivessem podres de colonialidade,
que não conseguem mais
enxergar a própria claridade.
Juliana Sankofa
Obs: Quando uma mulher morre só é um grande problema se for problema de gênero ou racial?

Comentários
Postar um comentário
Por favor, todo comentário é válido desde que feito com respeito.