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Mostrando postagens de março, 2017

MÃE DE SANGUE

Uma poça de sangue na rua. O vermelho que toca o chão antes do amanhecer. Uma mancha indizível. Acertos de conta. Uma mãe que chora, Outras que lamentam. Uma mãe reaviva a memória... Surge em gotas Lembranças do sangue que lhe marcou mulher, que em seu atraso adiantou-lhe a maternidade E agora este sangue empoçado lhe desfez mãe Fechou-lhe o ventre Pois a dor surge ninando a eternidade. Juliana Costa 22/03/2017 JF/MG

NÃO MIREM NA CABEÇA

                            À PPG Estudos Literários  Como dói a cabeça alvejada pelas ideias que tentam nos convencer. Descobriram que nunca dominaram de fato todos os territórios que nos pertencem.  A mente é um território o qual querem forçar a entrada e até mesmo nele levantar suas bandeiras. Vivem um medo do eterno inóspito, pois não conseguem construir em nossas cabeças As suas capitanias hereditárias E lá é o único território em que não podem construir senzalas. Por gentileza, ao atirar Não nos mirem na cabeça. Como dói a minha cabeça O Ori é meu general de guerra Ouço suas estratégias Para que não pereçam todas as razões Que me fazem ainda consciente Neste mar cheio de pedras Cujas ondas tentam nos afogar na nossa própria dor Ou no nosso próprio sangue. Juliana Costa 20/03/2016  JF/MG