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Mostrando postagens de abril, 2017

PARALISAÇÃO

Paralisaram nossas pernas e nossa fala durante mais de três de séculos. Dizem que a culpa de tudo isto: Governo golpista e perda de direitos é exclusivamente do povo, mas se enganaram Desde quando que o "povo" é majoritariamente branco, majoritariamente rico, majoritariamente "homi "? Paralisação como entender? Greve Geral ? Sendo que a geral os manos leva quando a polícia os ver tranquilos na rua pois se é preto, pobre e periférico não surge dúvida é bandido precisa ser contido. E nós que estamos cansados. pois já pregou uma vez Sabotage " Tem que ter unidade sem tirar ninguém", o golpista governante é a amostra grátis de muitos que marcham. Dê uma tempo nesta culpabilização direcionada Se no dia a dia vocês pensam que ainda são escravocrata Paralisam... todos os dias quando o poder está a seu serviço Paralisam

SE É OU NÃO É

Se é preto e rebola a masculina hegemônica se ofende e ainda se defende que não é racismo e nem homofobia, mas honestas posturas morais, sacramentadas pelas leis de Deus e não dos mortais. Se é negra e mulher a feminilidade hegemônica se ofende e ficamos na dúvida sem marcam é a nossa pele ou é nosso órgão com o rótulo " agressividade" . Se é preto e não luta a militância se enfurece e classifica de alienado e conformado os seres cansados de tanto apanhar e não ter nem mesmo uma mão negra firme para se apoiar E se é branco e contra o racismo cismados a gente fica E se é branco e apenas discursa recebe título de herói da negra luta só por ter um pretinho amigo que de bobo a enganado crer fielmente que o amigo branco é bem intencionado. Se é ou não é? E se não for que vocês me perdoem. Se sou poeta falo bonitinho todas as nossas desgraças falo de árvores, quartos e viagens .... mas se sou poeta negra rasgo bonitinho todas a

E AGORA CAROLINA?

Escre(vendo) naqueles papéis descartados por aqueles que já se consideravam  os únicos possíveis a escreverem o que se passa dentro da gente quando se está no mundo. Catava mais palavras do que papelão ou latinhas Nas entrelinhas dos cadernos os sonhos lhe diziam  que poderia ser, já sendo, uma escritora um dia. E o dia chegou... é agora Carolina!  sucesso nacional, reconhecimento internacional. E em todas as manchetes o grande fenômeno do momento '' uma catadora que escreve" E se fosse branca seria noticiada de outra forma "uma escritora no meio do lixo" E só nos restava decifrar a  ambiguidade Se o lixo é o lixo ou é sociedade? O que me diz Carolina? Juliana Costa 23/04/2017 JF/MG

MEU PAÍS

Meu país é um país de muitos dominados por poucos A lei é em dinheiro mas para pobre não se vende nem parcelado. Em meu país o passado se faz presente e se quer futuro. Desde  1500  matam preto e matam índio com justificativas oficiais. No meu país quem não tem poder algum não pode questionar. Tem tanto sangue no norte Os coronéis rezam como um colonizador. E o trabalhador- lutador reza e pede desculpas caso a mensagem chegue ao  Deus errado: O Deus do opressor. O meu país já não é verde e amarelo talvez seja só vermelho. Em meu país muitos  lutam diariamente contra toda forma de controle até mesmo o da mente. Embora nossos corpos sejam alvos constantes de toda esta minoria maldita que até da mídia são donos. O meu país tem internas fronteiras cercadas. O ir e vir é privilégio, não um direito. Neste meu país o povo é vasto, mas é tanto '' gato pingado" querendo fazer revolução. E de pingo em pingo se enche o balde cujo o  dono