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Mostrando postagens de outubro, 2025
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  Tudo bem aprender teorias brancas, ter só professores brancos, frequentar eventos brancos, andar apenas com pessoas brancas. Mas se uso só teorias pretas, se desejo só professoras pretas, se prefiro só eventos pretos, se busco andar apenas com pessoas pretas, chamam-me de radical, identitarista e outros caralhos. Exigem diversidade de tudo,  menos de cores. Ah, e se eu narrar todos os horrores de um corpo descartável para o sistema, não vão querer dar voz, apenas vender. Juliana Sankofa Fonte da imagem: Pinterest  https://pin.it/13hMjJJOD
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Ninguém me ensinou a amar,o amor, para mim, é metáfora desconhecida, que não me assume publicamente e nem segura na minha mão. O amor não goza comigo, não me declara nada todo o Santo Dia O "amor" me dá buquê de flores de Chernobyl tem mil perfis que parece miragem daquilo que eu preciso e o meu corpo me pede. O amor, se fosse uma mulher de cem anos, eu a pediria em casamento, assustando toda ordem social por um amar tardio na pele macia do tempo que não me acariciou. Juliana Sankofa Imagem: artista Derrick Ofosu Boateng Fonte: Pinterest
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Caminhante das próprias águas, o mundo é uma encruzilhada de forças femininas, rompendo com tudo que nos reduz a qualquer miséria. Navego de longe, longe do seu horizonte, escrevendo rezas, amor e abraços na tessitura do vento, para que a mensagem chegue em forma de toque na sua rua, no seu endereço. E em um lapso de alegria, danço no barco trêmulo, agradecendo o ritual de sua existência. Juliana Sankofa *** Poema dedicado a Simone Moraes.  Salvador–BA em 2023