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Mostrando postagens de novembro, 2016

DITADO

" Peixe morre pela boca"? MENTIRA! Morre pelo ouvido Ouviu tanto e nunca disse nada .... sufocou-se com suas próprias ideias que não flutuavam. Juliana Costa 27/11/2016

SEM MEDIDA

                 À Anelise Freitas. Meu corpo rompe com todos os  paradigmas Em mim não cabe nenhuma medida Estou em constante despadronização Sou sem limites Sem fronteiras Sem proporções E até mesmo sem rima Meu corpo grita contra todas as ordens... Desobediente, eu danço para cicatrizar o passado, anestesiar a alma. Juliana Costa 23/11/2016 JF/MG

DEUS É UM CARA UNIVERSAL

“ O Rio de Janeiro continua lindo” Tiros grátis nas favelas E Fogos de artifícios caros em condomínio. Terra do Cristo, Redentor de alguns, cuja túnica é formada pelo sangue que escorre do morro. Cidade maravilhosa, onde Deus é um cara universal, todos fazem adoração! Arma na mão... Pow! Espera-se que Deus não seja um neguim. Cidade de Deus, Repleto de mães, Marias que não tem reconhecimento, e Meninos que não ressuscitam no terceiro dia. Nossa fé não tirou nossa cegueira esta que nos impede de ver o genocídio. Deus é um cara universal nosso amor continua restrito, confundido pelas ambições  que até se consegue explicar pelos versículos da bíblia  Na favela é uma eterna vigília  para que não seja roubado o sopro da vida  Deus é um cara universal  e o Estado um genocida. Juliana Costa 21/11/2016 JF/MG 

RECOBRANDO A CONSCIÊNCIA

É passado tanto tempo O tempo como um rio Em que corpos negros vão passando... Silenciosos Desaguar no esquecimento É passado tanto tempo Que nos enforcam em outras árvores ... Árvores de conhecimentos. Nosso silêncio alimenta as genialidades incontestáveis Que faz do racismo a teoria mais bem aceita É passado tanto tempo Que nós negras despertamos o ódio gratuito De quem não se acostumou com nossa exuberância Com nossa audácia Por isto nos marcam com o rótulos de “ violentas” “Barraqueiras” Só pelo fato de não mais aceitamos Os caprichos do branco, da branca e do negro. É passado tanto tempo Nossa consciência de tudo Pertuba Quem quer que esqueçamos Que a simbologia grandiosa De quem somos... Somos filhos de continentes, herdeiros de uma história saqueada. Nossa pátria foi traficada, Nossas peles mutiladas Desconscientizaram-nos e Dominaram pelo medo. E queriam que acreditássemos em uma pretensa inferioridade, jamais acreditamos E nem aceitamos a ideia de que nossa ancestralidade d...

CORPO E POESIA

Meu corpo se fechou aos olhares aos cochichos de quem nunca esperou que eu pensasse e para aqueles que acreditaram que o meu corpo está à mercê de suas palavras e de seus jugos Meu corpo se fechou renunciando os falsos abraços, camisas de força vazias de afeto. No meu corpo não residirá nenhuma cicatriz feito pelo seu falar O meu Ori não está adormecido, nem esquecido. Enquanto a todo momento tudo ao meu redor me toca, mas jamais me penetra; sinto o gozo estranho do desaguar da minha poesia em horizontes de sentido que desconheço. Chegará um dia que aqueles que  busca o meu silêncio ter que suportar o estrondo  nada poético do som da minha voz Juliana Costa 15/11/2016 JF/MG

PALAVRA SEM ESGRIMA

Temos que ter cuidado E não permiti que a palavra Morra rasgando a garganta E nem que ela termine Rasgando o peito alheio Juliana Costa  10/11/2016  Curitiba- PR

SEM INTERESSE

Poeta Não me interessa. Se na sua pele nada existe ou se não sente nada Não me interessa... Poeta Não me interessa Não sinta pressa De dizer ao mundo o que lhe pertence  ou se fingi dor ou de dor finge... Poeta, Não me interessa Se canta Geme Ou reza Só me interessa Se o que diz Vai mais além De branco – aprendiz... Juliana Costa Curitiba - PR 11/11/2016 

MINHA POESIA

Minha poesia persiste... persiste tanto  que rasga o céu ao meio dia só para dizer que quem manda na minha cabeça sou eu. Juliana Costa 01/11/2016 JF/MG