Chegou à beira do rio e se viu, assustou-se. Aquela imagem era ela mesma, entretanto aquela pele não era. Chorou de desespero. Despertou coração acelerado, que pesadelo era aquele? Levantou-se, descalça, foi até a cozinha tomar um copo dágua, preferiu tomá-lo com olhos fechados, traumatizada com o pesadelo, não queria ver a própria imagem refletida na água que iria beber. Retornou para cama, o cansaço do dia anterior foi superado pelo medo, ligou a televisão para distrair, quem sabe desmaiasse de modo que impedisse qualquer sonho ou pesadelo, queria desligar a mente. O sono fugiu correndo igual criança, a mulher começou a refletir sobre o que havia visto. Orou a Deus que os seus pais ensinaram-na a amar desde pequena, o terço no lado da cama foi solicitado, o salmo decorado era o modo de blindar a alma. O rosto que viu no reflexo no rio que atravessava seus sonhos ficou mais nítido na lembrança, chorou, não era um demônio, era uma mulher que não conhecia e que o seu corpo refletia n...