
Eu não aboli os brancos que fingem não ver claramente o que tem ocorrido em sua volta. Não posso e não me importo se em seu corpo eu enxergue a diferença que nos une se quando me olhar, não me ver nem igual, nem humana. Ah, eu também não aboli os negros, Nem os claros, nem os escuros, por se esquecerem da grande árvore que nos une quando de forma clara me objetificam Eu não me aboli dos medos que sinto ao vozear, daqueles que eu amo e que eu posso afastar das mulheres que eu amei e me forcei a relevar a herança escravocrata comportamental camuflada em suas peles enquanto eu gemia de prazer. Eu aboli este poema. Juliana Sankofa 25/05/2025