Postagens

Mostrando postagens de julho, 2025
Imagem
Eu não aboli os brancos que fingem não ver claramente o que tem ocorrido em sua volta. Não posso e não me importo se em seu corpo eu enxergue a diferença que nos une se quando me olhar, não me ver nem igual, nem humana. Ah, eu também não aboli os negros, Nem os claros, nem os escuros, por se esquecerem da grande árvore que nos une quando de forma clara me objetificam Eu não me aboli dos medos que sinto ao vozear, daqueles que eu amo e que eu posso afastar das mulheres que eu amei e me forcei a relevar a herança escravocrata comportamental camuflada em suas peles enquanto eu gemia de prazer. Eu aboli este poema. Juliana Sankofa 25/05/2025
Imagem
Se for, não volte. Estou cansada das suas tantas idas, todas doloridas, para depois aparecer arrependida, dizendo que me ama. E o meu coração, batendo enigmas, aceita todas as suas vindas. É preciso que, quando for, não volte. Eu explodi o caminho de volta, ninguém nele passará. Eu, acostumada a caminhar sobre as pedras, talvez a memória me traga aqui, e eu já esteja acompanhada, vivendo novamente. Juliana Sankofa 
Imagem
  Colonizaram minha calma, minha alma vive marejada, com pouca pausa para respirar Pegaram minha paz e comeram-na crua e sem sal, apropriaram-se daquilo que mataram: os antropofágicos canibalizaram os   antropófagos, enquanto arrotavam caviar.   Colonizaram minha calma, eu sorri cordial afiando a ponta da lança com qual eu escrevo na areia de frente ao mar o ritual de retorno, deles. Juliana Sankofa  15/07/2025