
E se eu não me curvar? As costas doem mais e a escrita fica sem agência, sem ar. Estradas retas são mais seguras. Eu sou o imprevisto da próxima curva: colido quando não esperam a minha existência. Medos alheios me engolem e me defecam. Deixa-me caminhar entre os sussurros, observando o terreno do audível e do lido... Sento-me com uma xícara branca nas mãos, afiando a caneta, assinando no escuro o que não posso declarar. Juliana Sankofa